Azulejos do Séc. XV ao Séc. XX



Após a expulsão dos árabes, os Reis Católicos fomentaram o uso de azulejos em novas construções, dando autorização para a produção de mosaicos de cerâmica, conhecidos como alicatados, visto serem cortados com alicates, em forma de polígonos, rectângulos ou estrelas e colocados de modo a formar um desenho.

Desenvolveram-se, assim, três grandes centros de produção, Granada, Valência e Andaluzia, onde os artesãos portugueses desenvolveram as suas técnicas. A exportação de azulejos a partir da região de Valência para todo o resto da Península Ibérica, para a França e para a Itália, começou no séc. XV. No fim deste século e na primeira metade do século XVI as oficinas de Sevilha e Málaga eram os principais fornecedores de azulejos hispano-mouriscos para Portugal.

Durante a época dos Descobrimentos, a prosperidade económica deu lugar a um incremento na construção de igrejas e palácios e, consequentemente, na produção de azulejos para decoração arquitectural. As técnicas evoluíam e cada vez mais eram introduzidos elementos decorativos multicoloridos no desenho dos azulejos, dando um efeito geométrico (cobertura). Esta tendência continuou até ao séc. XVII quando começaram a ser produzidos, também, painéis representando motivos religiosos e profanos para os palácios.

Nos fins do séc. XVII e através do séc. XVIII, a influência holandesa deu origem a novos temas figurativos que eram mais facilmente reconhecidos, tais como, barcos, paisagens, vasos florais, cavaleiros ou soldados e cenas bíblicas ou bélicas.

O séc. XIX viu o irromper da semi-industrialização dos azulejos com padrões para satisfazer a clientela burguesa, que fazia a sua fortuna no Brasil. Nos finais do séc. XIX intensificou-se o uso de azulejos com cores fortes nas fachadas, notório nos painéis Florais da Arte Nova.

A primeira metade do séc. XX foi caracterizada pelo desenvolvimento de tendências criativas opostas. Por um lado, manifestações modernas expressas na Arte Nova e Art Déco, por outro lado as manifestações tradicionais de uma natureza revivalista e romântica.

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